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O que foi o desastre de Minamata?

16 de setembro de 2023
Por Reciclus

Compreender o passado é imprescindível para criarmos um futuro mais sustentável. Um dos maiores exemplos de conscientização, no entanto, advém de um desastre ocorrido na cidade de Minamata, no Japão, entre as décadas de 1950 e 1960. O evento foi uma das maiores lições de como a poluição industrial pode afetar a saúde humana e o meio ambiente. Com ele, surgem diversas reflexões sobre a responsabilidade da comunidade e das empresas, e como as ações influenciam no horizonte do planeta.

Entendendo o que foi o Desastre de Minamata

Minamata é uma pequena cidade no interior do Japão. Na época, a empresa de produtos químicos e plástico Chisso Corporation, se instalou no local, proporcionando crescimento econômico e populacional, elevando o status da cidade. Entretanto, em um passado no qual os impactos do mercúrio na saúde ainda não eram conhecidos, esse metal pesado estava presente nos rejeitos da empresa, liberados na Baía de Minamata.

Após o contato com o meio ambiente, esses poluentes transformavam-se em metilmercúrio, uma substância que se espalhou pela cadeia alimentar aquática, resultando em consequências ainda não compreendidas à época, tais como o surgimento de sintomas de intoxicação em seres humanos, animais e plantas.

A conexão entre o mercúrio e a saúde

O período foi afetado pela falta de compreensão sobre a relação entre os rejeitos liberados pela empresa e o agravamento do quadro de saúde da população. No entanto, o marco ocorreu quando médicos e cientistas começaram a notar uma coincidência entre os pacientes: grande parte das pessoas que apresentavam sintomas residiam nos arredores da Baía de Minamata.

Dentre os profissionais que desempenharam um papel vital na identificação dessa correlação, é importante mencionar o Dr. Hajime Hosokawa. O médico desenvolveu pesquisas extensas até encontrar a relação entre a exposição ao metilmercúrio e os novos problemas de saúde.

A partir dos estudos, testes, pesquisas e experimentos realizados na época do desastre de Minamata, uma nova luz foi lançada sobre os efeitos da poluição industrial. Esse evento estimulou discussões sobre a responsabilidade corporativa e necessidade de legislações rigorosas visando a preservação do meio ambiente.

A Convenção de Minamata

A convenção tem sua origem nas discussões do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) sobre os riscos do mercúrio. Ela tem como proposta controlar e reduzir produtos, indústrias e processos onde o mercúrio é usado. O Brasil é parte da convenção desde a sanção da sua participação, em 2017. Você pode conferir mais clicando aqui.

Impactos do mercúrio no Brasil

Recentemente fomos impactados pelas notícias dos efeitos do mercúrio na população yanomami, advindos do garimpo ilegal (que utiliza o metal pesado para fazer a separação dos grãos de ouro de outros sedimentos).

Além dos perigos à saúde humana e animal, o problema do mercúrio descartado nos rios vai ainda mais longe: a economia e alimentação da população ribeirinha e indígena da região amazônica é prejudicada, uma vez que a vida aquática é a principal fonte de proteína dos habitantes da região.

O papel da Reciclus

A Reciclus nasceu em novembro de 2014 a partir da criação da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), instituída na Lei nº 12.305/10. Essa medida é uma forma de evidenciar a importância da responsabilidade das entidades envolvidas na produção, importação, distribuição e comercialização de lâmpadas que contém mercúrio em sua composição. O objetivo é p descarte ambientalmente correto desses produtos.

Nosso papel é disponibilizar coletores para lâmpadas fluorescentes queimadas e evitar que elas sejam descartadas no “lixo” comum, levando seus componentes (entre eles, o mercúrio) até o solo, lençóis freáticos e ar. Além disso, também atuamos distribuindo conhecimento e informação sobre sustentabilidade, educação ambiental e conscientização para o público.

Conheça as nossas ações e aproveite para nos seguir nas redes sociais: Facebook, Instagram, LinkedIn, YouTube e Tik Tok.

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